3.5.20
canção da estrada aberta / song of the open road
1.
A pé e de coração leve eu pego a estrada aberta,
Cheio de saúde, livre, o mundo diante de mim,
O longo caminho de terra diante de mim
levando-me a qualquer lugar aonde eu queira ir.
De agora em diante não peço a felicidade, eu mesmo sou felicidade,
De agora em diante não mais reclamo, não mais adio, não preciso de nada,
Estou farto de queixas internas, bibliotecas, críticas ressentidas,
Forte e alegre eu ganho a estrada aberta.
A terra, isto me basta,
Não quero as constelações nem um pouco mais próximas,
Sei que estão muito bem onde estão,
Sei que bastam para aqueles que a elas pertencem.
(No entanto, carrego comigo meus antigos e deliciosos fardos,
Eu os carrego, homens e mulheres, eu os carrego aonde quer que eu vá,
Juro ser impossível livrar-me deles,
Eles são parte de mim e serei parte deles de volta.)
1.
Afoot and light-hearted I take to the open road,
Healthy, free, the world before me,
The long brown path before me leading wherever I choose.
Henceforth I ask not good-fortune, I myself am good-fortune,
Henceforth I whimper no more, postpone no more, need nothing,
Done with indoor complaints, libraries, querulous criticisms,
Strong and content I travel the open road.
The earth, that is sufficient,
I do not want the constellations any nearer,
I know they are very well where they are,
I know they suffice for those who belong to them.
(Still here I carry my old delicious burdens,
I carry them, men and women, I carry them with me wherever I go,
I swear it is impossible for me to get rid of them,
I am fill’d with them, and I will fill them in return.)
WHITMAN, Walt. Leaves of grass. New York: The New American Library, 1958.
*tradução minha
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