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O que não foi nomeado – não existe no mundo. O erro de Serioja foi o de querer certezas e, querendo isso, cerrar as minhas pálpebras, minha vida – o que ela é (uma realidade repugnante, além de uma desordem familiar). Eu, que nunca havia traído a mim mesma, tornei-me traidora para ele.
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O direito ao segredo. É preciso respeitá-lo. Sobretudo quando se sabe que o segredo é uma necessidade nata, que nasceu com o outro, que é a respiração do outro. Os nomes nada têm a ver, aqui. Seja sábio, não dê nomes (não pergunte).
TSVETÁIEVA, M. Vivendo sob o fogo: confissões. São Paulo: Martins, 2008.
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