Olho o céu branco
as nuvens cinzentas
olho o sol sangrando.
Então é isto o mundo,
a casa dos mundos!
Uma gota de chuva...
Olho as casas altas
olho as mil janelas
e a torre distante.
Isto é pois a terra,
morada dos homens!
Nuvens acumulam-se, o sol desaparece.
Olho homens bem vestidos.
Mulheres sorrindo.
Cavalos curvados.
As nuvens, como estão pesadas.
Olho e olho sempre.
Tudo é tão estranho.
Errei, pois, de terra?
OBSTFELDER, Sigbjørn. Je regarde. Tradução de Carlos Drummond de Andrade. In: ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia traduzida. São Paulo: Cosac Naify, 2011. Organização e notas de Augusto Massi e Júlio Castañon Guimarães.
Nenhum comentário:
Postar um comentário